domingo, 4 de abril de 2010

Chico, nosso irmão!


Quem é aquele menino
do coração de papel
quem é aquele menino
que amava as flores e o céu...

Quem era aquele garoto
de um sorriso sincero
que tinha a voz de poeta
e uma olhar de criança

Quem era aquele moço
que tantas vezes sofreu
que aprendeu do amor
a ser humilde e fiel

Foi esse homem um amigo
foi verdadeiro irmão
aquele que te abraçava
que te apertava as mãos

Foi ele nas madrugadas
por entre anseios e lágrimas
na disciplina das horas
cumpriu a missão legada

Quem é esse Chico me digam
quem foi essa alma serena
que nos legou tanta Vida
em cada linha escrita...

O Chico esse peregrino
o amigo da caridade
o companheiro do Cristo
que nos lembrou o caminho

Francisco Chico querido
de tuas mãos linda prece
que o mundo ponha na alma
aquilo que já fizeste

Amigo, irmão, companheiro
nessa estrada seguimos
com as lições que nos deste
pois somos tão pequeninos...



Páscoa... O madeiro vergonhoso


Ainda hoje o coração humano
vasculha os caminhos de Jesus
e permanece contemplativo e preso
àquela imagem deprimente da cruz.

Passados tantos séculos, embora,
em que a luz do espírito imortal
se acendeu como facho imorredouro
desfazendo os tormentos de um desfecho final

Muitos se encontram expectantes e assustados
ante a escolha de seguir o Mestre e seus passos
ou permanecer jungidos aos gozos viscerais
que aprisionam e redundam em fracassos.

Distrai-se a humanidade com coloridos e festas,
engana-se com gestos e atitudes banais
espera encontrar oceanos de brilhos e estrelas
com a cabeça mergulhada nos charcos sepulcrais.

Que cruz! Que sacrifício que nada!
Não procure aquele homem na sua mesquinhez
o que hoje se espera e se ensina
é que você tenha a coragem de fazer o que ele fez.

Herdeiros que somos todos do infinito
mudemos essa velha choradeira num hino de louvor,
não suporto mais ver esse vergonhoso madeiro
como símbolo daquele que é Luz e esplendor.

Se há o que permanecem com a cabeça na hipocrisia
de rebaixar a quem os supera em estatura,
abandona essas práticas carcomidas e antiquadas
e olha pro Sol! Ele brilha! Não tem uma triste figura.

Meditai comigo e compreenderás sem espanto
que Jesus ainda é um estranho para o mundo:
por não ter coragem de segui-lo, prefere-o coitadinho;
Por invejá-lo em sua magnitude, mata-o a cada segundo.