segunda-feira, 30 de junho de 2008

Amor e Desapego

As circunstâncias da vida são sempre caminhos para aprendizados maiores.Há temas que devem fazer parte de nossas reflexões diárias, para que não sejamos surpreendidos pelos fatos inevitáveis da existência. Em seu livro, O VÔO DA GAIVOTA, Patrícia tece alguns comentários sobre a questão do Amor e do desapego. É só um breve exemplo dos assuntos ali abordados, se ainda não leu as obras de Patrícia, faça-o, é uma leitura fácil e enriquecedora. Você pode conseguir os livros até na internet. Dê esse presente a você. Nada melhor do que uma boa leitura, que educa, esclarece e conduz à compreensão da verdadeira felicidade. Eis o texto:


*** *** ***


- Patrícia, por que não falamos um pouco sobre o amor?- disse Heloísa. - Sobre o Amor e o desapego.
O assunto era deveras fascinante, tentei elucidar a turma.
-Amar, de forma egoísta, todos os seres humanos o fazem, nem que seja a si mesmos. Mas o amor de forma verdadeira, sem egoísmo e posse, é que demonstra que aprendemos. Ao amar verdadeiramente, anulamos erros e irradiamos alegrias em nossa volta. Amar e desapegar-se dos seres que amamos não é fácil. Os encarnados, no aprendizado para se desprender do que lhes é caro, chegam a ter sensações de dor, porque sentem sufocada sua ilusão de ter. É necessário amar tudo, mas sabendo que isso
nos é emprestado. E por quem? Pelo nosso Criador. Lembremos que com objeto emprestado, cuidado dobrado. Sim, realmente, o que temos, nos é emprestado, já que não somos donos das coisas materiais, não possuímos nada. Nosso amor pelas coisas deve ser sensato, para usar o que nos é permitido, sem abusar. E também dar valor à casa que nos serve de lar, às roupas que vestem o corpo, ao local em que trabalhamos, onde recebemos o necessário para o sustento material, enfim, a todos os objetos que nos são úteis. Porém, teremos um dia que deixar isso para outros, e que os deixemos da melhor forma possível, a fim de que eles possam desfrutar dos objetos emprestados tanto quanto nós. Até o corpo físico temos que devolver à natureza. E essa devolução como é difícil para muitos. Até aí, parece fácil, embora saibamos que muitos, possuídos pelo desejo de ter, se esquecem desse fato e se apegam a coisas , objetos , julgando ser deles, mas, quando desencarnam,não querem deixá-los e a eles ficam presos. Há uma parte mais difícil, que é amar nossos entes queridos sem apego. Quase sempre nos julgamos insubstituíveis junto daqueles que amamos, pensando amá-los mais que ninguém, e ser indispensáveis na vida deles. Apegamo-nos assim às pessoas, esquecendo que elas também são amadas por Deus e que somos companheiros de viagem, cabendo a cada um caminhar com seus próprios passos. E, ainda, muitas vezes nessas caminhadas, somos levados a nos distanciar um do outro, embora afetos sinceros não se separem. Podem estar ausentes, não separados. Deixar que nossos afetos sigam sozinhos, sem nós, é algo que devemos entender. É o desapego. Ao desencarnar, ausentamo-nos do convívio de nossos entes queridos e, se não entendermos isso, consideraremos essa ausência como separação definitiva. É preciso aprender a amar com desapego, ampliar o número de nossos afetos, sem a ilusão da posse. Se formos chamados a nos ausentar, pela desencarnação, continuemos a valorizá-los, respeitando-os, ajudando-os. Estaremos no caminho do desapego, e continuaremos a amá-los da mesma forma.

Patrícia
O Vôo da Gaivota. Psicografia de Vera lúcia M. de Carvalho

terça-feira, 24 de junho de 2008

Nenhum sonho se perde
nenhum ideal se desfaz
quando o amor impera
nada nunca é demais...

Deixa as lágrimas pra trás
vê o sol que brilha sempre
Deus nos ama sem interrupção
busca refazer-te.

Que do teu anseio de paz
verás nascer a eternidade
coroando teus dias de esperança
nos passos por aonde vais...

Quando o amor impera,
A vida é sempre uma dádiva.

Otília

Para Aonde Vamos Depois?

A vida não tem solução de continuidade. Desdobra-se ao infinito. Enquanto no corpo de carne vivemos as experiências de que necessitamos com a finalidade de repararmos o passado e evoluirmos para o amanhã.
Ao desencarnar, temos várias possibilidades de destinação. Os que fizeram o bem, que se esforçaram para serem melhores a cada dia, os que souberam renunciar aos prazeres efêmeros servindo à coletividade, estes, com certeza, terão como morada as cidades espirituais ou colônias.Poderão estudar, fazer cursos, dedicar-se a atividades de socorro a encarnados e desencarnados, trabalhar sempre de forma edificante com vistas ao aprimoramento íntimo.
Mas os que fizeram o mal, que se apegaram aos vícios, os que enganaram, que fugiram de suas responsabilidades, que destruíram sonhos dos semelhantes e semearam a guerra e o desequilíbrio, estes ,terão, fatalmente, como morada as regiões umbralinas do planeta. Assim denominadas por serem regiões de condição insalubre, quase destituídas de vegetação, com aspecto horripilante e seres de formas grotescas e selvagens.
Ali predomina a promiscuidade, a irreflexão e a rebeldia. Os corações que esqueceram de Deus, que se revoltam contra suas sábias leis, que agem movidos por orgulho e egoísmo tirânicos, serão seus governantes, estabelecendo o império da desordem e da perversão humanas.
Conquanto pareça assustador, não difere muito da realidade de certas pessoas encarnadas, e são elas que ,após a morte, lá ficam retidas, como a necessitar depurar-se para subir mais alto, quando o desejarem.
Se cada um pudesse compreender o verdadeiro sentido da existência no planeta, se refletisse sobre os desdobramentos da vida, se pesasse os prós e os contras de cada atitude, se fosse mais humano e menos animal, com certeza, as regiões de dores e sofrimentos não estariam tão repletas de almas atormentadas e com remorsos tamanhos.
O hoje é um desdobramento do ontem, do que realizamos, do que planejamos ser. O amanhã será, sem dúvida, o resultado do que fizermos hoje, da condução que dermos a nossas vidas, das escolhas que efetuarmos para a nossa marcha diária.
Que possamos amar a luz, viver com a luz e esperar pela luz. Agindo assim, teremos como morada futura, verdadeiras regiões paradisíacas, ao invés da lama, da escuridão e da desolação em que muitos se encontram, até que se decidam mudar.

sábado, 21 de junho de 2008

Conhece-te a ti mesmo

É incrível como temos uma percepção distorcida de nós mesmos. E quando ainda chegamos a cogitar disso, porque a grande maioria da humanidade se encontra de tal forma mergulhada nas malhas do automatismo de pensamentos e ações que nem se dá conta dessa realidade.
Quando é que a pessoa acorda para tais reflexões?
Ocorre, via de regra, por acúmulo de erros e por persistência na ilusão, gerando uma saturação que vai levar o ser a perceber seus anseios de crescimento em oposição a seu mundo íntimo conturbado e infeliz.
Em muitos casos, e parece que no plano espiritual isso seja mais comum, a pessoa envergonha-se de sua inferioridade, principalmente quando observa a condição de outros irmãos desfrutando paz e felicidade que ainda não pode experimentar. Então surge a compreensão de que os lances de sua caminhada se deram pelo processo de sintonia e apego às paixões transitórias, determinando escolhas e atitudes que levaram a conseqüências danosas.
Todos renascemos com um projeto de edificação para a conquista de elevação espiritual, seja por missão, sacrifício ou expiação. Ao passo que aprendemos e avançamos evolutivamente rumo a novos estágios conscienciais. A vida não é um passeio para diversão, nem uma estrada para aventuras inconseqüentes, tem propósitos sempre elevados que nos escapam pela insipiência de nossas faculdades intelectivas e pela permanência nos instintos primitivos.
O auto-conhecimento é,por isso, o primeiro e fundamental passo para que o indivíduo torne-se ciente da dinâmica existencial, mas não é tudo. Conhecer-se é um processo progressivo e contínuo, e para que se vá concretizando é imprescindível uma disposição firme para não se errar, para evitar cair nas teias das fantasias ligadas aos sentidos físicos, isso porque tudo o que vivenciamos por muito tempo, vai se automatizando e, assim, só a perseverança em novas atitudes que substituam aquelas viciosas poderão proporcionar libertação.
Muitos se assustam com tais conceitos, mas lembremos o Evangelho quando diz que não é necessário cubramos nossas cabeças com cinzas e nos afastemos das coisas do mundo, mas, antes, vivamos no mundo lembrando que somos espíritos e que todas as nossas atitudes serão um dia pesadas na balança que trazemos dentro de nós mesmos, auferindo o que é bom e o que não é. Passando ao processo de reajuste e correção. Por isso o apóstolo Paulo disse: “Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém”.
Por ser um direcionamento das leis que nos governam, por mais que as pessoas fujam ou retardem o próprio amadurecimento, ele vai acontecer. Todos já sabemos que a Terra é uma escola de almas, e numa escola quando não aprendemos, repetimos de ano, e é isso que acontece com muitos, até que cansados de se iludirem, despertem em um nível de compreensão diferente.
Deus nos ama profundamente. E Jesus também . Por isso veio até nós para ensinar-nos o caminho para a conquista de nós mesmos. “Eu venci o mundo” – não está aí dito. E ele nos aguarda, pacientemente, até que descortinemos os horizontes da espiritualidade superior rumo a uma condição de paz e plenitude.

Nery

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Constatação

Por muito caminhes, por muito que abreces,
apenas levará a ti mesmo.
O que não for bom e perfeito, será defeito,
e haverás de retornar para corrigir.
Pensa assim: "a vida vale a conquista de si mesmo",
o mais ou o que falta é só
adereço.

COMPANHIAS ESPIRITUAIS

Eu lia o livro Violetas na Janela, de Patrícia, e fiquei pensando na seriedade do tema “companhias espirituais”. Ela conta que ficou chocada ao encontrar , em uma de suas visitas aos familiares ainda encarnados, um espírito de aspecto inferior ao lado da mãe, tentando infundir-lhe a idéia de que a filha querida estava sofrendo no umbral. Patrícia, naquele momento, valeu-se da oração, o que fez com que a entidade se afastasse do ambiente.
Muitos, por desconhecerem completamente os mecanismos da vida, não acreditam que tais coisas sejam possíveis. Esses, como Tomé, só acreditam no que podem ver e tocar e, pior, mesmo que vissem muitos ainda não acreditariam.
Mas o assunto merece acuradas reflexões, a fim de que nos eduquemos quanto a hábitos e gostos, pois são eles, os padrões em que vibramos, os responsáveis pelas companhias espirituais que temos.

Lembremos a questão 459 de o Livro dos Espíritos:

“Influem os Espíritos em nossos pensamentos e em nossos atos? Muito mais do que imaginais. Influem a tal ponto que, de ordinário, são eles que vos dirigem”.
(O Livro dos Espíritos, Allan Kardec, questão 459)

Se é assim, devemos buscar entender esse processo para que saibamos agir com discernimento. É Herculano Pires, em seu livro Vampirismo, que nos informa:

“E assim como o parasitismo influi no desenvolvimento das plantas e no comportamento dos animais, o vampirismo influi no comportamento humano individual e social. Entre os vários elementos, coisas e seres que agem sobre o comportamento humano, o mais perturbador e o que mais profundamente ameaça as estruturas físicas e espirituais do ser humano é o vampirismo, porque é a atuação consciente de um ser sobre outro, para deformar-lhe os sentimentos e as idéias, conturbar-lhe a mente e levá-lo a práticas e atitudes contrárias ao seu equilíbrio orgânico e psíquico.”

Vejamos o que diz Suely Caldas Schubert :

“A assertiva dos Espíritos a Allan Kardec ( questão 459) demonstra que, na maioria das vezes, estamos todos nós – encarnados - agindo sob influencia de entidades espirituais que se afinam com o nosso modo de pensar e ser, ou em cujas faixas vibratórias respiramos.
Isto não nos deve causar admiração, pois se analisarmos a questão sob o aspecto puramente terrestre chegaremos à conclusão de que vivemos em permanente sintonia com as pessoas que nos rodeiam, familiares ou não, das quais recebemos influenciações através das idéias que exteriorizam, dos exemplos que nos são dados, e também influenciamos com nossa personalidade e pontos de vista.
Quando acontece de não conseguirmos exercer influência sobre alguém de nosso convívio e que desejamos aja sob o nosso prisma pessoal, via de regra tentamos, por todos os meios, convencê-lo com argumentos persuasivos de diferente intensidade, a fim de lograrmos o nosso intento.
Natural, portanto, ocorra o mesmo com os habitantes do mundo espiritual, já que são eles os seres humanos desencarnados, não tendo mudado, pelo simples fato de deixarem o invólucro carnal, a sua maneira de pensar e as características da sua personalidade.”
Fonte: “Obsessão e Desobsessão – Profilaxia e Terapêutica Espíritas”. Editora: FEB, 9ª edição, 1994; capítulos 1 e 2

Tudo isso só é possível compreendendo que refletimos quem somos em nossa realidade energética:

“(...) criando imagens fluídicas, o pensamento se reflete no envoltório perispirítico, como num espelho; toma nele corpo e aí de certo modo se fotografa. (...) Desse modo é que os mais secretos movimentos da alma repercutem no envoltório fluídico; que uma alma pode ler noutra alma como num livro e ver o que não é perceptível aos olhos do corpo”.
(A Gênese, Allan Kardec, cap. XIV, item 15).

Pode até parecer estranho que assim seja, mas é um mecanismo da lei que rege os destinos humanos, embora devamos, nesse momento, alertar que não se trata de algo à revelia do indivíduo, como se estivessemos à mercê do mal e sem condição de defesa, a esse respeito Suely nos elucida na obra já citada, o seguinte:
“Não entramos na questão do livre-arbítrio, sobejamente conhecida dos espíritas. Sabemos que a nossa vontade é livre de aceitar ou não estas influenciações e que a decisão é sempre de nossa responsabilidade individual.
O importante é meditarmos a respeito do quanto somos influenciados e quão fracos e vacilantes somos. O Espiritismo, levantando o véu dos mistérios, nos traz a explicação clara, demonstrando-nos a verdade e, através desse conhecimento, nos dá condições de vencer os erros e sobretudo de nos preservarmos de novas quedas.
Fácil é pois, aos Espíritos, nos dirigirem. Isto acontece com os homens em geral, sejam eles médiuns ostensivos ou não. É que, como médiuns, todos somos sensíveis a essas aproximações e ninguém há que esteja absolutamente livre de influenciações espirituais. Escolher a nossa companhia espiritual é de nossa exclusiva responsabilidade. Somos livres para a opção.”

Há ainda a comentar o fato de que grande parte da humanidade ainda crê na idéia de que as influências que sofremos provêm de seres demoníacos, destinados eternamente ao mal. Coisa que ,felizmente , o avanço da ciência e da própria concepção de universo tem ajudado a combater.
A ignorância e a má-fé tem permitido que essas crenças desprovidas de lógica e bom-senso sobrevivam em meio ao povo. É necessário descortinar o véu da realidade aparente em que nos encontramos mergulhados para enxergar além novas possibilidades de expressão da vida. A idéia do demônio só é boa para os que dela fazem seu ganha-pão. Para os demais, apenas encobre o mecanismo das leis sabiamente estatuídas pelo criador.
Diante dessas colocações devemos, portanto, entender que todos nós vivemos conectados uns aos outros em verdadeiro regime de interdependência, nutrindo-nos de idéias e sentimentos na imensa gama das tonalidades que nos caracterizam e estaremos sempre em companhia daqueles que elegermos como parceiros, sejam, visíveis ou invisíveis, não se excluindo, desta forma, ninguém da responsabilidade que lhe cabe por suas opções íntimas. Donde , ninguém poderá transferir a outro os méritos ou deméritos de suas ações.
Lembramos Joanna de Angelis, que afirma categoricamente: “Não há outro caminho, é seguir Jesus ou atormentar-se” . A escolha será sempre nossa.

Nery

domingo, 15 de junho de 2008

Caminhada Nova

Sem senso o que faço
nasço e resnaço
batendo a cabeça
deixando de lado
o que realmente importa...

Então, vou tomar coragem
deixar à margem a ilusão
deixar de lado a preguiça
e a minha comoção
e fazer uma caminhada nova.

Porque se é de mim que espero
essa transformação necessária
só resta dar um passo e seguir
seguir resoluto e firme
até o fim...

Melquíades
Poeta errante da espiritualidade

A questão do padrão vibratório

Na maioria das vezes nossos sentimentos e atitudes são determinados, mesmo que não percebamos, pela sintonia que realizamos com entidades desencarnadas e, mesmo, com a energia de encarnados. O que determina essas conexões que vão fazer com que nos sintamos bem ou mal, serenos ou angustiados, equilibrados ou desequilibrados, é o nosso padrão vibratório. Lembremo-nos do que Jesus nos ensinou, orai e vigiai para não cairdes em tentação.Era uma advertência científica, já que nossa invigilância nas questões do padrão vibratório podem produzir males sem conta e até mesmo ações que em sã consciência não gostaríamos de realizar. Leiamos com atenção o texto que segue e que esclarece um pouco mais sobre o assunto. Trata-se de um pequeno excerto do texto original, mas segue o link para os que se interessarem em ler o texto na íntegra.


Pensamento, Sintonia e Energias

O ser humano absorve energias das mais diversas, de forma automática, e as metaboliza em sua estrutura energética, que o espiritismo denomina de perispírito. Essa absorção e metabolização, faz parte normal do funcionamento do complexo humano, ocorrendo de maneira automática, ou seja, é um processo inconsciente ou transparente, numa linguagem mais moderna, que ocorre independente da percepção ou decisão voluntária da pessoa.
Essas energias absorvidas são constituídas das energias e vibrações do ambiente em que estamos inseridos, e se constituem de elementos presentes na natureza (como o Fluído Cósmico Universal, radiações eletromagnéticas, etc.), de fluídos (emissões energéticas de processos orgânicos ou perispirituais de outros seres da criação) e de vibrações e pensamentos advindos de outros seres humanos ou espíritos.
A metabolização no nosso complexo, transforma essas energias absorvidas em componentes específicos da nossa “circulação” energética, distribuindo estes em todo o nosso organismo físico e perispiritual, servindo como verdadeiro “alimento” para o complexo humano.
Por ser um processo automático, a absorção de energias pelo nosso organismo está ajustado, naturalmente e automaticamente, ao padrão energético e vibratório específico do indivíduo, ou seja, ao nível vibratório correspondente ao seu estado mental e espiritual do momento.
Isso significa dizer que as energias absorvidas pelo indivíduo são do mesmo padrão vibratório em que ele se encontra no momento, ou seja, nosso complexo energético tem uma espécie de “filtro”, que deixa passar apenas as energias com as quais afinamos e sintonizamos.
Evidentemente, um estado de desequilíbrio no nosso campo mental e espiritual, promove imediatamente um reajuste no nosso sistema energético, o que nos leva também a sintonia com determinado tipo de energia, que passará a ser “filtrada” para o nosso sistema energético, incorporando-se, pela metabolização ao sistema perispiritual e físico.
O equilíbrio ou o desequilíbrio no campo mental e espiritual do indivíduo, determina, portanto, que “qualidade” ou “tipo” de energia será absorvido por ele.
Se estamos equilibrados, harmonizados, vibrando no bem, nosso “filtro” promove a absorção de boas energias, correspondentes ao nosso “patamar vibratório”, bloqueando a absorção de padrões energéticos “ruins”.
Se estamos desequilibrados, desarmonizados, invigilantes com nossos pensamentos, nosso patamar vibratório se ajusta com energias “ruins”, e nosso filtro bloqueia a absorção das energias boas e promove a assimilação de energias desequilibradas.
É fácil deduzir que se absorvemos um determinado padrão energético, com uma certa “qualidade”, seja ela positiva (boa) ou negativa (ruim), a metabolização dessas energias produz componentes energéticos de qualidade similar, que se distribuem pelo nosso organismo físico e perispiritual, afetando-o com a qualidade inerente ao tipo e qualidade da energia absorvida.

Carlos Augusto Parchen
Fonte:http://www.espirito.org.br/PORTAL/palestras/carlos-parchen/pensamento/pensamento.html

sexta-feira, 13 de junho de 2008

A verdadeira Conquista

Joanna de Ângelis conta uma historinha que deve servir de motivo de reflexão a todos nós. Conclui com uma visão do panorama em que todos estamos inseridos, cumprindo a cada um a consciência de agir em função de reveter o quadro com que nos deparamos e do qual somos partícipes e criadores.



"Como se pode distinguir o bem do mal? O bem é tudo o que é conforme a lei de Deus; o mal, tudo o que lhe é contrário. Assim, fazer o bem é proceder de acordo com a lei de Deus. Fazer o mal é infringi-la."
(O livro dos Espíritos, de Allan Kardec).

O jovem imaturo deslumbrava-se com as constelações cintilantes no firmamento e planejava conquistá-las.
Quando os primeiros momentos de compreensão mais ampla lhe afloraram à mente, percebeu a impossibilidade de conseguir as galáxias, e achou possível conquistar a terra que lhe servia de mãe gentil.
As lutas amadureceram-no e as dificuldades aumentaram-lhe a visão da realidade, facultando-lhe a impossibilidade de lograr o anelado e, amando a pátria onde nascera, acreditou que a poderia conquistar. Empenhou-se no embate arriscado, ganhou
posição social e poder, porém, a soma de decepções e amarguras fê-lo desistir do intento e ele pensou em conquistar a comunidade na qual se movimentava.
Injunções políticas favoreceram-no com os cargos elevados, e, quando o destaque parecia havê-lo premiado, as artimanhas da hostilidade dos grupos beligerantes derrubaram-no.
Mais amadurecido ainda e pensativo, voltou-se para a família, e, enquanto a velhice se acercava, ele se empenhou em conquistar o clã.
Os interesses díspares no lar e na prole expulsaram-no, porque ele já pesava na economia doméstica, superado, no conceito dos jovens sonhadores e ambiciosos quanto ele próprio o fora um dia...
Nesse momento ele teve consciência da sua realidade e, só então, entendeu a importância de conquistar-se a si mesmo.
* * * * * * * * * *
Volúpia do prazer domina as massas, e as criaturas ansiosas tumultuam-se e agridem-se, precipitando-se inermes nos gozos exaustivos sem que saciem os desejos.
A onda de vulgaridade se avoluma e ameaça levar de roldão as construções enobrecedoras da sociedade.
Uma violenta quebra de valores favorece o receio da experiência honrada, abrindo espaço para o campeonato da insensatez e do crime.
A mudança de comportamento moral altera a escala do discernimento, ombreado com a sordidez e a promiscuidade.
Nesse sentido, há um receio pela eleição da existência saudável, da conduta moral. Exótico e agressivo substituem o belo e o pacífico, dificultando o discernimento em torno do real e do imaginário, do justo e do ignóbil.
Há carência de grandeza, de amor, de abnegação, nestes momentos da terra. As grandes nações encontram-se conturbadas e os seus membros aturdidos.
Os povos de médio desenvolvimento apresentam-se ansiosos, inseguros.
Os países em crescimento, vitimados pela miséria econômica, experimentam a fome, as doenças calamitosas, o desemprego, a loucura, que se generalizam.
Em todos eles, no entanto, sobressaem a violência, a luxúria e a dissolução dos costumes.
A criatura agoniada, todavia, busca outros rumos de afirmação. Está, porém, em a natureza humana, a necessidade da paz e o anelo pelo bem-estar. Essa busca surge nos momentos de consciência, quando descobre as necessidades legítimas e sabe distingui-las no meio dos despautérios, do supérfluo e da desilusão.

Joanna de Ângelis
Psicografia Divaldo Franco. Do livro Momentos de Meditação

sábado, 7 de junho de 2008

O TEMPO PÕE TUDO NO LUGAR E TUDO CURA


Todos temos problemas, dificuldades.
Todos enfrentamos crises, decepções.
Todo mundo uma dia chora, lamenta.
A vida não será sempre o que a gente quer,
Nosso caminho não será sempre como a gente pensa.

Eis aí a oportunidade de crescer!!!

O tempo põe tudo no lugar e tudo cura.

O amor que passou era uma ilusão, a pessoa não era pra você.
E de longe você verá que não fazia sentido sofrer.
Se o outro se sente feliz como está, deixa que seja.
Cada um encontra sempre o que procura,
Cada um merece sempre o que quer.

Aquela propriedade, aquele bem que não se conseguiu,
Era apenas um desejo , que a vida considerou desnecessário.
As maiores aquisições , teve a oportunidade de obter:
Trabalho, saúde, experiências pra aprender
Esse tesouro, ninguém tira de você.

Se o alimento foi sempre conseguido a duras penas,
E se, por vezes, a humilhação infligiu amargor,
Não se sinta vencido e magoado, nem alguém sem valor.
Há tantas almas neste mundo, sob tamanha opressão,
Que mal imaginamos o que seja dor.

A vida é mesmo uma escola, com uma lição pra cada um.
E há os que fogem da aprendizagem.
Há os que se rebelam contra seus “mestres”.
Há os que se tornam indiferentes.
E também os que se revoltam e enlouquecem.

Pensa sempre um pouco mais.
Diante de qualquer desafio,
Diante de qualquer desilusão.
Lembra que há sempre um novo dia por raiar
E que todas as coisas mudam
E mudam sempre para melhor.




terça-feira, 3 de junho de 2008

Breve Reflexão


A felicidade é uma questão de se estar em paz consigo mesmo
e com Deus. Todas as inquietações, todos os sonhos e fantasias
que vivemos idealizando são formas de preenchermos o tempo
e nos afastarmos de nós mesmos.
Nunca estamos satisfeitos e projetamos isso nas coisas, esperando
que elas nos plenifiquem, que nos dêem o conforto que esperamos
para nossas almas.
Mas é tudo um grande equívoco. Não é o outro que nos completa,
não são as coisas que nos fazem felizes.
A existência por si mesma é uma bênção, cada dia é um novo dia
na escola do planeta.
Se soubermos ter equilíbrio e bom-senso tiraremos da vida o
melhor, mas quanto mais busquemos as ilusórias realizações,
quanto mais acreditemos que nossa felicidade vem de fora, só estaremos
caminhando como cegos que fatalmente cairão no abismo.
Desapegue-se do velho eu que estabelece mentirosas conquistas
para a tua realização. Dê uma chance a ti mesmo, de perceber
que és um filho do Altíssimo e que o universo conspira para a tua
realização como alma consciente e liberta de toda a ignorância e toda imperfeição.


domingo, 1 de junho de 2008

Delírio de uma alma atormentada


Depois que tudo passar,
que a existência estiver consumada,
como é que vou me olhar?
Depois que os prazeres perderem o sentido,
depois que as oportunidades de ser melhor se forem,
como é que vou continuar?

Depois que não houver parceiros para a ilusão,
porque todos estarão vivendo o duro despertar,
como vou me justificar?


Depois que a realização mentirosa se patentear
e a consciência mostrar o que ficou por fazer,
como vou, enfim, suportar?

Me achava grande e vi o quanto era pequeno.
Me achava especial e vi o quanto tenho mãos vazias.
Me achava dono de mim e era conduzido por instintos.
Me achava feliz e agora há apenas um vazio imenso.

Por que me permitir ser assim?
Por que não tive entendimento e compreensão?
Terei sido tão vaidoso, arrogante e orgulhoso
a ponto de não enxergar um palmo diante dos meus olhos?


Onde o chamado de Jesus?
Onde o doce chamado do amor?
Onde o libertador chamado do Mestre?

Naõ sei se estou acordado ou se deliro.
Será verdade o que penso , sinto e reflito,
meu Deus,
não permitais que aconteça isso comigo...


E não permitas, tu,
que o teu depois seja assim...


Melquíades
Poeta errante da espiritualidade.

Sintonia


A questão da sintonia é uma coisa que explica muitas atitudes e vinculações das pessoas no planeta. Sem nos dar conta, nós agimos em função dessas preferências que trazemos e que projetamos sobre os outros , nos quais encontramos os "plugs" de conexão , no dizer dos psicanalistas: "aquele que tem a doença" afiniza-se com outro semelhante. É uma coisa que merece estudo e reflexão, se o indivíduo quer fazer o caminho do autoconhecimento e da libertação de milenários condicionamentos que mais infelicitam do que enriquecem .

Há um texto interessante de Emmanuel sobre o assunto , coloco-o aqui para apreciação dos interessados.


SINTONIA


É no mundo mental que se processa a gênese de todos os trabalhos da comunhão de espírito à espírito. Dai procede a necessidade de renovação idealística, de estudo, de bondade operante e de fé ativa, se pretendemos conservar o contacto com os espíritos da Grande Luz.
A fim de atingirmos tão alto objetivo, é indispensável traçar um roteiro para a nossa organização mental, no Infinito Bem, e seguí-lo sem recuar.
Precisamos compreender que os nossos pensamentos são forças, imagens, coisas e criações visíveis e tangíveis no campo espiritual.
Atraímos companheiros e recursos, de conformidade com a natureza de nossas idéias, aspirações, invocações e apelos.
Energia viva, o pensamento desloca em torno de nós, forças sutis, construindo paisagens ou formas e criando centros magnéticos ou ondas, com os quais emitimos a nossa atuação ou recebemos a atuação dos outros.
Nosso êxito ou fracasso dependem da persistência ou da fé com que nos consagramos mentalmente aos objetivos que nos propomos alcançar.
Semelhante lei de reciprocidade impera em todos os acontecimentos da vida.
Comunicar-nos-emos com as entidades e núcleos de pensamentos com os quais nos colocamos em sintonia.
Mentes enfermiças e perturbadas assimilam as correntes desordenadas do desequilíbrio, enquanto que a boa vontade e a boa intenção acumulam os valores do bem.
Ninguém está só.
Cada criatura recebe de acordo com aquilo que dá.
Cada alma vive no clima espiritual que elegeu, procurando o tipo de experiência em que situa a própria felicidade.
Estejamos, assim, convictos de que os nossos companheiros na Terra ou no Além são aqueles que escolhemos com as nossas solicitações interiores, mesmo porque, segundo o antigo ensinamento evangélico, - "teremos nosso tesouro onde colocarmos o coração".

Emmanuel