segunda-feira, 26 de maio de 2008

Ao Encontro da Sombra

Em seu livro, Ao Encontro da Sombra, Connie Zweig e Jeremiah Abrams afirmam:

“O lado escuro não é nenhuma conquista evolucionária recente, resultado de civilização e educação. Ele tem suas raízes numa sombra biológica, que se baseia em nossas próprias células. Nossos ancestrais animalescos, afinal de contas, sobreviveram graças às presas e às garras. A besta em nós está viva, muito viva — só que a maior parte do tempo encarcerada.”
Estamos no terreno das manifestações humanos inconscientes, em que a temática do Ego é outro ponto de grande interesse.
A maioria dos seres humanos desconhecem os motivos subjacentes a suas atitudes e comportamentos. Não se detém a analisar a si mesmos e vivem uma verdadeira alienação do ponto de vista dos caminhos que escolhem.
Toda essa visão da psique humana se enriquece com a compreensão de que todo ser humano é uma entidade espiritual em um corpo de carne, verdade essa que, por ser ignorada ou não aceita, impede que as doutrinas psicológicas e psicanalíticas avancem em seus postulados para uma abordagem mais autêntica da criatura humana.
Sem considerar que um indivíduo é o resultado não só das influências hereditárias, mas também dos atos praticados por ele em vidas passadas, ficamos brincando de estabelecer hipóteses para as manifestações da personalidade de uma pessoa.
Esse elo, que estabelece uma relação lógica entre tempo e espaço, é visto apenas na superfície pelas doutrinas que desconsideram a lei das vidas sucessivas, embora apresentem muitas teorias válidas num sentido restrito, no todo se perdem por não conseguir chegar a uma formulação coerente e lógica do complexo mecanismo que o psiquismo apresenta.
E perdem-se nos velhos chavões “da mãe culpada” , “da sexualidade reprimida” , “da castração infantil” , entre tantas outras postulações que no dizer de um psicanalista reencarnacionista, não passam de uma forma pueril e simplista de encarar a realidade.
É certo que a maioria da população não está muita interessada em refletir sobre tais temas, até porque o nível de consciência predominante em nossos dias, tomando de empréstimo uma classificação psicanalítica é o de “sono” , ou seja, a preocupação é comer, beber, fazer sexo e basta. Porém, considerando que ninguém escapa do processo evolutivo, tais reflexões terão de chegar um dia para todos.
Vencer o animal em nós é tarefa hercúlea de reeducação e mudança de condicionamentos. As idéias psicanalíticas tem, a sua maneira, tentado ajudar, apesar de que desconsideram o essencial e formulam soluções inadequadas.
Cada um conscientize-se e faça a viagem do conhecer a si mesmo, não há outro caminho para se conquistar a felicidade e ascender espiritualmente rumo a estágios cada vez superiores.




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