segunda-feira, 5 de maio de 2008

Joanna escreve sobre Integridade


Em tempos de completa falta de crença nas atitudes humanas, faz-se necessário refletir seriamente sobre um tema muito importante: a integridade.
E ninguém melhor do que Joanna de Ângelis, com sua sabedoria e experiência, para nos auxiliar nessa reflexão. Em suas palavras ressaltam-se o valor do conhecimento espiritual para o ser humano e a necessidade de fazer luz na consciência, através de uma conduta verdadeiramente cristã. Não é fácil, por certo, seguir esse roteiro, mas ninguém, também, poderá fugir dele, porque estamos todos nas teias do processo evolutivo que nos impulsiona para adiante, mesmo quando pensamos em estacionar.



Integridade

A integridade moral do ser humano é um compromisso que deve ser mantido em relação à vida, por meio do qual se haurem valores que enriquecem, predispondo para a plenitude.
A vulgarização dos sentimentos, que decorre da massificação devoradora dos ideais e da individualidade, responde pela paulatina perda dos requisitos que constituem a integridade moral.
A artificial necessidade de conseguir-se o triunfo a qualquer preço tem conduzido os seus aficionados à perda do significado primordial da existência, que é a sua espiritualização, ora colocada em plano secundário ou mesmo nem sequer pensada, desde que os interesses imediatos, fixados no prazer e no desfrutar, rejeitam os demais valores, anteriormente cultivados com respeito e sacrifício.
Certamente, a revolução industrial e tecnológica alterou o comportamento dos indivíduos em relação a conceitos castradores predominantes no passado, mais preocupados com a aparência do que com a realidade.
Estribados em propostas perversas e impeditivas do autodescobrimento, tornaram-se responsáveis pelo atual repúdio, quase automático, a tudo quanto signifique mecanismo de iluminação, mediante a renúncia e o sacrifício pessoal.
Tais propostas parecem afrontar a razão contemporânea, desencaminhando-a dos seus objetivos práticos e imediatos, conseguidos a duras penas culturais e emocionais.
Sucede, no entanto, que, sem abdicar-se do raciocínio, antes adotando-o, torna-se indispensável considerar a fugacidade do corpo e do seu notável mecanismo, preparando-se o ser para o prosseguimento da evolução em outra condição no campo da energia.
Essa transitoriedade orgânica tem gerado o hedonismo, a ambição desenfreada para o desfrutar intensamente das concessões que são oferecidas, enquanto é tempo, porque, de um para outro momento chega a morte, anulando tudo e a tudo consumindo, conforme se pensa nessa filosofia imediatista.
A conclusão, eminentemente materialista, é falha, porque o gozo que se deriva do abuso é perturbador, quando não mortal. Ademais, o prazer, em si mesmo, satura após fruído, deixando sensação de incompletude, de frustração. Em face desse resultado, foge-se na direção de novas buscas utópicas, procurando-se justificativas para os comportamentos extravagantes e inconseqüentes.(...)
Torna-se inadiável a redescoberta da integridade moral do indivíduo.
Integridade de pensamento, de palavra e de ação.
Mediante a integridade o suborno e a corrupção cedem lugar à ordem e à vivência dos significados profundos da vida.
Redescobrir a integridade, neste momento de conflitos e danos de todo porte, é alternativa única, por certo, para tornar o indivíduo autêntico perante si mesmo, o seu próximo e Deus.

Joanna de Ângelis
Psicografia Divaldo Franco. Do livro: Diretrizes para o Êxito

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