sábado, 19 de abril de 2008

Mais um alerta

Não caminhamos no mundo à maneira de aves sem direção, como se cada vivência fosse apenas um desenrolar de acasos compondo o grande caos da existência. Somos seres existindo no tempo e no espaço, a lei de evolução orienta nossa marcha ainda que a ignoremos. No entanto, já tendo a consciência desperta, a vida não pode ser um exercício de acumular horas e contar realizações como se tudo levasse a lugar nenhum. A reflexão é uma necessidade urgente. Amai-vos e instrui-vos, ensinou-nos o consolador. Conscientizai-vos de vossa realidade espiritual, gritam as lições diárias. Aproveitemos o texto abaixo para mais esta parada em nossa corrida pelos bens do mundo e leiamo-lo com o coração. Embora singelo, diz verdades que só pouco a pouco vamos podendo compreender, compreender para vivenciar, vivenciar para ser , verdadeiramente, feliz.


Não tenhais medo

Filhos, não tenhais medo da vida, nas provas e surpresas do caminho;
Não tenhais receio do amanhã, que somente a Deus pertence.
Vivei com alegria e destemor, submissos à Vontade Divina em
qualquer circunstância.
Combatei os vossos erros, todavia compreendei a necessidade de
aprender a lição nos reveses a que ninguém se furta.
Colhei, resignadamente, na gleba que plantastes, sem reclamar dos
espinhos que vos dilaceram as mãos que não souberam separar as urzes do
bom grão.
Que a revolta silenciosa não vos amargure a existência, determinando
as vossas mais veladas atitudes.
Não vos canseis de ser generosos, tolerantes e compassivos.
Amai sem esperar serdes amados.
Cumpri com as vossas obrigações pelo pão de cada dia, recordando-vos
de que o Senhor alimenta os pássaros e veste os lírios do campo...
Não leveis a vida de forma leviana e inconseqüente, sem atinar que as
sombras que rondam os passos alheios também espreitam os vossos.
A dor que nos tira a tranqüilidade é a mesma que nos possibilita tomar
consciência de nossas fragilidades.
Se, de quando em quando, o sofrimento não visitasse o homem, é
possível que ele jamais se interessasse pela transcendência da Vida.
Não vos permitais, pois, concessões de qualquer natureza, na
satisfação dos próprios desejos.
Se a ascensão do espírito é infinita, a queda a que voluntariamente se
arroja não conhece limites... Sempre haverá como descer a mais fundo, escuro
e indevassável abismo de dor.
Filhos, vivei somente com a intenção de fazer o Bem, e em tudo vereis
a manifestação da Sábia Providência.
Não tenhais medo e não vos enclausureis na inércia como quem
retrocede e se oculta, com o pensamento de que a Vida não o encontrará,
mais cedo ou mais tarde, para arrancá-lo ao comodismo e trazê-lo de volta à
realidade.

Bezerra de Menezes
Psicografia Carlos Baccelli. Do livro: A corgaem da fé

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