sexta-feira, 11 de abril de 2008

Ouro-de-tolo



Você já deve ter ouvido a expressão "ouro-de-tolo". E o que é isso?

Ele é amarelo como o ouro. Tem um brilho metálico como o do ouro. Muitas vezes, é encontrado em minas onde há ouro. Mas não é ouro! É o ouro-de-tolo: um mineral conhecido como pirita! Presente em todo o mundo ‐ inclusive no Brasil ‐, ele já fez muita gente de boba, pensando que estava rica, quando, na verdade, continuava pobre, pobre...

A analogia serve bem para nos referirmos à conduta diante da vida, de grande contigente de pessoas. Elas se aferram aos valores do mundo como se fossem uma coisa preciosa, quando na verdade estão atraz de um ouro-de-tolo.

É a imaturidade do senso moral e o completo apego as sensações mais grosseiras do corpo que levam tais criaturas a viver uma espécie de ilusão dos sentidos. Prazer, realização, poder, são para elas atrativos tão fortes que se deixam levar por suas diretrizes sem se dar conta de que todos eles são valores transitórios que se extinguem com a vida física, deixando apenas o saldo positivo ou negativo das ações que motivaram.

Esquecidos, verdadeiramente, de que são espíritos em breve estágio de aprendizagem, apegam-se a propria personalidade, fazendo ressumar dos refolhos do incosnciente profundo, todos os condicionamentos permissivos e ilusórios que ficaram arquivados, e passam a viver como se donos da mais perfeita razão e lógica, que traduzem por "sei o que quero" ,"sou uma pessoa determinada", "tenho meus pontos de vista", "não me interessam os outros" , donde podemos perceber a teia doentia em que estão enredados e da qual serão as maiores vítimas.

Se o ouro-de-tolo das aquisições transitórias ainda produz grande sedução sobre teu espírito, pára um pouco e começa a meditar seriamente, através de conceitos esclarecedores que te permitam ter uma visão realista da vida. Se queres sacrificar séculos por gozos de dias, pensa um pouco mais. Entre delírio e fantasia ninguém consegue ter os pés no chão, para reconhecer o terreno onde pisa.

E mais, lembra-te daqueles que se julgavam ricos e que continuavam pobres, pobres...

Para a contabilidade da vida, isso significa recomeço de aprendizagem. Pois segundo palavras de Joanna de Ângelis: "ninguém atinge a plenitude da montanha sem a vitória pelo vale que necessita ser vencido" .

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