sexta-feira, 11 de abril de 2008

Não nos enganemos com as aparências

Surgem por toda parte notícias terríveis que parecem denunciar a completa falência da moral humana. Interesses mesquinhos e egoisticos orientam mentes para a consecução de ações bárbaras, em que se revelam as fixações nos baixos instintos. A cobiça, a corrupção, a sexolatria , a vaidade enlouquecida, parecem estabelecer um império de forças tirânicas a se perpetuarem , dominando todos os que se lhes alinham na mesma faixa de vibrações degradantes. Diante de todo esse contexto, por vezes alguns indagam: Mas onde está Deus?
Leiamos o texto a seguir para que ,refletindo com maturidade, possamos compreender melhor os quadros da vida, invariavelmente perpetrados pelo próprio ser, julgando-se inatingível e que, em verdade, apenas demonstra a ignorância e o fascínio doentio de que é portador.

Ante a Bondade de Deus
Quando a feição do mal se afigure terrível, a ponto de insinuar nos espíritos mais valorosos a falsa suposição de que se encontram à frente da derrota do bem, medita nos recursos de Deus e prossegue na execução do dever que as circunstâncias te atribuem para que o bem prevaleça.
Não te intimidem opiniões do desânimo, pareceres da dúvida, ameaças do crime ou exigências da inquietação.
Continua leal à tarefa edificante que a vida te reservou.
Medo e aflição alastram-se, geralmente, ante as arremetidas do mal; no entanto, a Bondade de Deus, sem alarde, intervém nas causas que as produzem, restaurando a segurança da paz e a marcha do progresso.
Tiranos do passado, galardoados com as prerrogativas do poder, esmagaram povos inteiros, fornecendo a idéia de que lograriam perpetuar a iniquidade entre as Nações, mas a bondade de Deus, em silêncio, esperou a renovação que orienta os processos da natureza e, em novas reencarnações, deu-lhes a disciplina dos escravos, na qual aprenderam, louvando o sofrimento, quanto dói a ferida dos que foram situados em servidão.
Malfeitores arguciosos, que a posse do ouro tantas vezes conserva impunes estenderam orfandade e viuvez, oferecendo a impressão de que propiciariam à ganância, força de lei sobre a Terra, mas, em silêncio, a bondade de Deus esperou a grande transformação que lhes competia e, em novas reencarnações, deu-lhes a disciplina dos filhos das regiões desoladas, na qual aprenderam, louvando o sofrimento, quanto dói o cativeiro da penúria e da fome.
Criminosos inteligentes, garantidos pelo favor das convenções sociais, estabeleceram o império temporário da delinquência afetiva, parecendo arrasar toda a conceituação de respeito e de amor, entre as criaturas, mas, em silêncio, a bondade de Deus esperou pelas metamorfoses inevitáves da vida e, em novas reencarnações, deu-lhes a disciplina do corpo enfermo, na qual aprenderam, louvando o sofrimento, quanto dói o infortúnio dos que foram atirados ao desequilíbrio emotivo.
Trabalha e confia no setor do bem que o mundo te entregou. E, quando o mal se alteie, diante de ti, prometendo esgotar-te todas as reservas de serviço e de resistência, confia e trabalha, mesmo assim, na certeza de que, acima de todas as nossas forças podes contar, invariavelmente, com os recursos de Deus.

Emmanuel
Psicografia Chico Xavier. Do livro: Escrínio de Luz

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