sexta-feira, 25 de abril de 2008

Um olhar além


Todos os dias despertamos no mundo, após uma noite de sono, cultivando os ideais que caracterizam nossa maneira de viver a vida. De certa forma, são conteúdos emocionais que se cristalizam em termos de expectativas. A expectativa de conquistar um melhor ganho financeiro, a expectativa de encontrar um grande amor, a epectativa de conseguir destaque social, a expectativa de ter poder e controle sobre as coisas, enfim, tudo é sentido como ausência. Realizar-se é alcançar alguma coisa que está fora da própria individualidade.
Esta maneira de encarar as coisas apresenta dois resultados: ou a pessoa sente-se permanentemente frustrada, pois nunca atinge ou obtém tudo o que deseja; ou começa a sentir-se inferior, incapaz, incompetente para alcançar suas metas.
O problema das aquisições existenciais assim se coloca, evidenciando uma miopia da maioria dos indivíduos para o que seja o real sentido do existir e quais as prioridades que devem nortear a conduta de cada um.
Enquanto permanecemos nessa roda-viva do ter para ser, só adquirimos mesmo desencanto e ônus para as nossas consciências, porque estaremos deixando de lado o que realmente importa.
Ser feliz, é óbvio, é uma meta de todos. Porém a felicidade geralmente não está onde a enxergamos. E o próprio resultado da vida para muitos já provou isso, mas as pessoas esquecem as lições e voltam a incorrer nos mesmos enganos, ferindo-se e machucando-se como já o fizera de outras vezes.
O Espírito Joanna de Ângelis nos adverte: " A ansiedade pela aquisição de valores sem valor real, produzem contínua perturbação que afeta o sistema emocional dando curso a insidiosas enfermidades de consequênsias funestas."
Encontrar a felicidade e a paz em roteiros mentirosos só nos leva a atrasar o próprio passo na conquista de entendimento e compreensão reais das verdades do ser imortalista que somos.
E se tudo isso, por vezes, parece dificil, reflitamos com Joanna , nas palavras que seguem, sobre o que é necessário para o equilíbrio e a paz:
"Basta que não ambiciones em demasia, que corrija os ângulos
da observação da vida, que ames e perdoes, que te entregues às
mãos de Deus que cuida das "aves do céu" e dos "lírios do
campo" e que, por fim, cumpras fielmente com teus deveres."

Desta forma, certamente, conseguiremos olhar um pouco mais além e não nos permitiremos apanhar nas armadilhas que, numerosas vezes, nos custam pesados encargos morais .

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