segunda-feira, 7 de abril de 2008

O problema do discernimento

A maioria das pessoas no planeta, com raras exceções, movimentam-se com base nos instintos automatizados no psiquismo; forjando verdadeiras "personalidades autônomas" que as dirigem de uma forma inconsciente e severa.
Tomar consciência de si e da realidade em que está inserido, com os consequentes desdobramentos de atitudes e ações , não é tarefa fácil.
A problemática reside no fato de a totalidade dos indivíduos não conseguirem enxergar a si mesmos. O orgulho, a vaidade, a arrogância, são as pedras de tropeço em que muitos esbarram, acumulando, diferentemente do que pensam, obstáculos à conquista da própria felicidade, já que terão que se desvencilhar de todas as inconpreensões geradas e todo o desequilíbrio acarretado ao organismo.
Como quase todos permanecem nesse estágio, vivem iludidos, para despertarem adiante cheios de desencanto e desânimo. Maldizendo o tempo perdido, e esperando novas oportunidades de realizarem o crescimento interior, relegado a segundo plano, pelas imperfeições cultivadas na suposição de serem a razão de ser da existência.
Afinizados, geralmente, com outras mentes em igual condição evolutiva, vivem o delírio do prazer e do gozo, ignorando que na obra de Deus não há lugar para o descaso ou a inconsequência, estando sujeitos a retornarem ao ajustamento das contas, pelos atos irrefletidos, dos quais se tornaram protagonistas.
Hoje em dia, a força da mídia, os valores distorcidos, os vicios, as teorias liberatórias, verdadeiras cadeias enfeitadas com laços coloridos e cores berrantes, fazem com que muitos andem às cegas, como cegos guiados por cegos, marchando para o abismo.
Sem uma noção de espiritualidade que situe o indivíduo como ser imortal, herdeiro de si mesmo, filho de Deus.
Sem meditação e reflexão. Sem responsabilidade e coerência, torna-se difícil atravessar a tempestade de irascividade que ameaça varrer os nossos dias, impedindo o equilíbrio e a paz.
Entregar-se aos automatismos mentais, sem discernir os males que eles acarretam, é algo temerário que denota uma alma imatura e primitiva. Necessário pensar, diante dos quadros com que nos deparamos, como o Apóstolo de Tarso: "Tudo me é permitido, mas nem tudo me convém."
As paixões passam. As ilusões passam. E você será sempre você diante do espelho da própria consciência.

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